Nos últimos anos, um movimento tem se intensificado no setor empresarial: cada vez mais indústrias estão abrindo lojas próprias, especialmente em formato monomarca. Embora o crescimento do comércio eletrônico tenha ganhado impulso durante a pandemia da Covid-19, o varejo físico não perdeu sua relevância — pelo contrário, vem se fortalecendo como um canal estratégico para fabricantes que desejam estar mais próximos do consumidor.
Ao contrário das previsões feitas no auge da crise sanitária, que apontavam para a supremacia definitiva do e-commerce, o que se observa hoje é uma retomada da presença física como parte fundamental da jornada de compra. Mesmo em países com forte cultura digital, como a China, o comércio presencial continua sendo dominante em diversas categorias. Um bom exemplo disso é o Alibaba, que segue expandindo sua cadeia de supermercados físicos FreshHippo.
Esse retorno do consumidor às lojas físicas após o isolamento social reforça uma realidade: somos seres sociais e sensoriais, e grande parte da nossa decisão de compra depende do contato direto com os produtos e com as pessoas.
É nesse contexto que fabricantes dos mais variados segmentos — de alimentos a tecnologia — vêm apostando na abertura de lojas próprias. Exemplos não faltam: Bauducco, Havaianas, Hope, Nike, Samsung, Swift, Ambev e Dengo já estão entre as marcas que adotaram esse modelo com sucesso.
O que motiva as indústrias a criar lojas monomarca
1. Controle completo da experiência de compra
Ao abrir pontos de venda próprios, as empresas passam a gerenciar todos os aspectos da jornada do cliente: ambientação da loja, atendimento, precificação, apresentação dos produtos e estratégias de venda. Isso permite uma experiência padronizada e alinhada à identidade da marca, fortalecendo o vínculo emocional com o consumidor.
2. Fortalecimento da marca e do posicionamento
Lojas exclusivas são verdadeiros centros de vivência da marca. Elas permitem transmitir com clareza os valores, o estilo e o propósito da empresa — algo que dificilmente se alcança com a mesma força em canais multimarcas.
3. Acesso direto ao consumidor final
Ter um canal direto com o público proporciona informações valiosas sobre preferências, comportamento de compra, impressões sobre produtos e muito mais. Esses dados são essenciais para ajustes em portfólios, embalagens e estratégias de marketing, além de apoiar programas de fidelização e relacionamento.
4. Impulso nas vendas de outros canais
Curiosamente, o investimento em lojas próprias costuma refletir positivamente em outros canais de distribuição. A percepção de valor da marca aumenta, o que tende a impulsionar as vendas tanto em varejistas parceiros quanto no ambiente digital.
O desafio de pensar e operar como varejista
Apesar das vantagens, abrir e manter uma rede de lojas não é uma tarefa simples. O sucesso dessa estratégia exige um novo conjunto de habilidades — desde gestão de loja e atendimento ao cliente até logística e operação no varejo. São competências que muitas vezes não fazem parte do dia a dia de uma indústria tradicional.
Por isso, antes de iniciar esse processo, é fundamental que as empresas avaliem cuidadosamente os riscos e os investimentos necessários. Um plano bem estruturado, com apoio de especialistas e foco em excelência operacional, é indispensável.
A convergência entre físico e digital
Vale destacar que o avanço das lojas próprias não exclui o crescimento do comércio eletrônico. A tendência, na verdade, aponta para a integração dos dois mundos — o chamado modelo “phygital”. Nesse formato, as lojas físicas passam a incorporar tecnologias digitais para melhorar a experiência do cliente, enquanto o e-commerce se apoia nos pontos de venda como centros de experimentação, distribuição e suporte à marca.
Em vez de competir, os canais se complementam. E é justamente essa sinergia que tem mostrado ser a chave para o sucesso das marcas que desejam crescer de forma sólida e sustentável.
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