A empolgação de abrir um negócio próprio pode levar muitos empreendedores a negligenciar questões fundamentais antes de assinar um contrato de franquia. Segundo a advogada especializada em franchising Melitha Novoa Prado, há questionamentos que são essenciais para avaliar se determinada rede é realmente a melhor escolha.
O modelo de franquias é atrativo por oferecer um formato de negócio testado e estruturado, reduzindo riscos para o franqueado. A Lei de Franquias (13.966/19) estabelece que o franqueador deve transferir know-how ao franqueado, o que inclui a utilização da marca, acesso a métodos operacionais e suporte administrativo. No entanto, o sucesso no franchising depende também de um bom relacionamento entre as partes.
A especialista enfatiza que o processo de seleção é um momento crucial para que o candidato avalie se a franquia está alinhada com seus objetivos e valores. Para isso, algumas perguntas são indispensáveis:
1) Como a franqueadora se comunica com a rede de franqueados?
A estrutura de comunicação da franqueadora reflete sua organização e comprometimento com os franqueados. Uma rede bem estruturada investe em tecnologia e estratégias eficazes para garantir que informações operacionais, treinamentos e campanhas publicitárias cheguem de forma clara e acessível a todos.
Hoje, muitas franqueadoras utilizam plataformas digitais para oferecer suporte remoto e realizar treinamentos online. No entanto, para que essa comunicação seja eficiente, é necessário um planejamento estratégico que garanta acolhimento e transparência na troca de informações.
2) Qual é a postura da franqueadora diante de conflitos?
Desentendimentos podem surgir dentro da rede, seja por divergências comerciais, regras operacionais ou outros fatores. A forma como a franqueadora lida com esses conflitos demonstra seu nível de maturidade e compromisso com a sustentabilidade da rede.
Empresas bem estruturadas possuem políticas para prevenir e gerenciar conflitos, evitando desgastes desnecessários. Questões como gestão de fundo de propaganda, direitos territoriais e uso adequado de redes sociais são áreas propensas a atritos, e uma boa franqueadora se antecipa criando diretrizes claras para minimizar problemas.
3) Quais são as responsabilidades do franqueado e da franqueadora?
Uma das principais fontes de frustração de franqueados é a falta de clareza sobre suas responsabilidades na operação do negócio. É essencial entender até onde vai o suporte da franqueadora e o que cabe exclusivamente ao franqueado.
Por exemplo, se um funcionário faltar, é responsabilidade do franqueado encontrar uma solução. Já questões ligadas à qualidade de fornecedores homologados ou padronização de processos devem ser tratadas pela franqueadora.
Compreender esses papéis evita expectativas irreais e garante um relacionamento mais harmonioso entre as partes.
Apesar de haver muitos outros aspectos a serem analisados antes de investir em uma franquia, essas perguntas ajudam o candidato a tomar uma decisão mais consciente. Muitos investidores focam apenas nos aspectos financeiros, como faturamento e retorno sobre investimento, mas fatores como alinhamento de valores e gestão de conflitos são igualmente determinantes para o sucesso a longo prazo.
Afinal, prosperar em uma franquia exige não apenas um bom modelo de negócio, mas também um ambiente colaborativo e bem estruturado para que franqueador e franqueado cresçam juntos.
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