quinta-feira , 2 outubro 2025
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O que ninguém te conta sobre ter mais qualidade de vida ao empreender com franquias

Empreender ainda é, para muitos brasileiros, sinônimo de conquistar liberdade financeira, fazer o que ama e, principalmente, alcançar mais qualidade de vida. Mas a realidade mostra que esse caminho não é simples — exige preparo, disciplina e muito mais esforço do que a maioria imagina.

Uma pesquisa realizada pelo Portal do Franchising da ABF com mais de 3 mil potenciais franqueados revelou que a busca pela qualidade de vida é hoje o principal motivo para abrir um negócio próprio, à frente até mesmo da vontade de ganhar mais dinheiro.

Por que você está interessado em abrir um negócio próprio?

  • Ter mais qualidade de vida — 29,1%

  • Independência financeira — 25,2%

  • Ganhar mais — 14,2%

  • Ser seu próprio chefe — 12,9%

  • Fazer o que acredita — 10,8%

  • Flexibilidade de tempo — 7,8%
    (3.086 respostas)

O levantamento mostra que, embora a percepção comum seja de que empreender garante liberdade imediata, a trajetória até a sonhada qualidade de vida é marcada por muito trabalho e desafios diários.

O que atrai empreendedores para o franchising

Na mesma pesquisa, os entrevistados também apontaram os principais motivos para escolher o franchising em vez de começar um negócio do zero:

  • Suporte e treinamento oferecido pela franqueadora — 40,8%

  • Risco menor do que abrir sozinho — 28,2%

  • Negócio já formatado — 23,4%

  • Não precisa de muita experiência — 7,0%
    (3.067 respostas)

Ou seja, mais do que o formato pronto, o fator determinante é o acompanhamento da franqueadora. “O treinamento inicial ensina a tocar o negócio, mas o suporte contínuo é o que dá segurança ao franqueado para enfrentar os desafios da operação”, destaca um dos consultores envolvidos no levantamento.

A dura realidade sobre qualidade de vida no empreendedorismo

O discurso de que empreender é um caminho rápido para conquistar liberdade pode gerar frustração. No início, a realidade é oposta: longas jornadas de trabalho, instabilidade financeira e uma curva de aprendizado íngreme.

“O empreendedor é geralmente quem mais trabalha e o último a receber. Só há retirada se houver lucro, e isso leva tempo”, reforça o estudo.

Misturar finanças pessoais com as da empresa também é um erro comum. Especialistas alertam que o faturamento não é lucro. Usar recursos da empresa para despesas pessoais, como supermercado ou escola dos filhos, pode comprometer a operação e levar ao fechamento prematuro.

O papel do suporte e do treinamento

Embora sejam diferenciais do franchising, suporte e treinamento não substituem a gestão do franqueado. Lidar com funcionários, clientes e crises faz parte da rotina, e exige liderança, disciplina e resiliência.

A vantagem é que, em uma rede de franquias, o empreendedor nunca está sozinho. Além da franqueadora, há outros franqueados que compartilham experiências e boas práticas. Essa troca é um dos grandes diferenciais em relação a empreender sozinho.

Independência financeira exige preparo

Abrir uma franquia sem reserva financeira é um risco alto. Especialistas recomendam que o candidato tenha condições de se manter de 6 a 12 meses sem depender da retirada da unidade, até que ela alcance o ponto de equilíbrio.

Cada franquia apresenta números médios de retorno, mas cada operação tem sua própria realidade. “Usar o faturamento para sustentar a vida pessoal é fatal. A regra é simples: só se retira o lucro”, reforça a análise.

O caminho até a qualidade de vida real

Segundo o estudo, alcançar a tão sonhada qualidade de vida só acontece após uma série de etapas:

  • Superar meses sem retiradas até atingir o ponto de equilíbrio;

  • Manter disciplina financeira e separar vida pessoal da empresa;

  • Aprender a liderar equipe e gerir crises;

  • Formar uma equipe de confiança que permita ao franqueado se afastar em alguns momentos;

  • Garantir fluxo de caixa consistente e geração de lucro.

Esse processo pode levar anos, mas é o que diferencia quem conquista independência e estabilidade daqueles que desistem no meio do caminho.

As perguntas que todo candidato deve se fazer

Antes de assinar um contrato de franquia, especialistas recomendam um exercício de autoconhecimento. Perguntas essenciais incluem:

  • Minha vida financeira está organizada?

  • Tenho reserva para me sustentar entre 6 a 12 meses?

  • Estou disposto a trabalhar mais do que no meu emprego atual, principalmente no início?

  • Estou preparado para correr riscos e lidar com inseguranças?

Se a maioria das respostas for “não”, talvez não seja o momento ideal para empreender.

Empreender com franquias é, sim, um caminho mais seguro do que abrir um negócio do zero, mas está longe de ser fácil. O modelo oferece suporte, marca reconhecida e metodologia testada, mas o sucesso depende do engajamento e da disciplina do franqueado.

A qualidade de vida pode ser alcançada, mas não é imediata. É fruto de anos de trabalho, dedicação e gestão responsável. Como resumem especialistas do setor: a franquia não entrega qualidade de vida pronta — ela oferece a chance de construí-la, passo a passo, ao lado da rede.

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