Os modelos de negócios baseados em autoatendimento estão cativando os consumidores e conquistando seu lugar no mercado brasileiro. Prova disso é o crescimento de 5,8% no segmento de serviços e outros negócios no franchising, que inclui minimercados autônomos, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Outro modelo de destaque são as máquinas de vendas automáticas, conhecidas como vending machines, que somam 80 mil unidades espalhadas pelo Brasil, de acordo com a Associação Brasileira de Vending Machines (ABVM).
O crescimento dessas unidades autônomas reflete um novo perfil de consumidor. A pesquisa CX Trends 2023, realizada pela Opinion Box em parceria com a Octadesk, revela que 63% dos clientes preferem fazer compras de forma independente, mas desejam contar com suporte fácil caso precisem.
Com essa demanda crescente, o varejo está buscando expandir alternativas, oferecendo opções para empreendedores que desejam investir em modelos de negócios estruturados para funcionar sem a presença constante de colaboradores.
Douglas Pena, sócio-fundador e CRO da Minha Quitandinha, startup que opera minimercados autônomos, destaca que o autoatendimento oferece conveniência e praticidade aos consumidores, fatores que impulsionam o crescimento desse tipo de estabelecimento. No entanto, Pena ressalta a importância de entender o perfil do consumidor para escolher o modelo de negócio adequado.
“Em locais de grande circulação, como escolas, as vending machines são uma boa opção. Já em condomínios e empresas, os minimercados costumam ter melhor aceitação”, explica. Ele também observa as diferenças entre os dois modelos, destacando a limitação de produtos nas máquinas em comparação à maior variedade oferecida pelos minimercados.
Outro fator relevante é a reposição de produtos. Nos minimercados, o próprio administrador pode gerenciar o estoque, enquanto as vending machines dependem de empresas especializadas para o reabastecimento.
Por fim, Pena ressalta que não existe um modelo de negócio autônomo melhor que o outro, mas sim aquele que atende de forma eficaz às necessidades do consumidor. “Para garantir um investimento rentável, é crucial escolher o modelo que melhor se alinha ao público que se deseja alcançar e à capacidade de gestão do empreendedor”, conclui.
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