O setor de franquias no Brasil está cada vez mais diverso. De acordo com o mais recente estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), a presença das mulheres nas redes franqueadoras aumentou significativamente, passando de 46% para 57% entre 2015 e 2024, representando um crescimento de 11 pontos percentuais. Além disso, houve um aumento na presença feminina em cargos de liderança dentro dessas empresas, subindo de 19% para 29% no mesmo período.
Nas operações franqueadas, as mulheres também se tornaram maioria, aumentando sua participação de 48% para 51% no período analisado. Em termos de liderança nas operações franqueadas, 32,2% dos líderes são mulheres.
Diversos fatores contribuíram para esse crescimento, incluindo o maior acesso das mulheres a cursos de formação profissional, facilitado pela tecnologia que democratiza o acesso a informações e recursos. Também há um aumento de redes de apoio e programas de mentoria voltados para mulheres, mudanças nas dinâmicas familiares (com maior participação dos pais nas tarefas domésticas), e um engajamento mais significativo das empresas na promoção da diversidade.
Outro dado que corrobora essa tendência é da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad) do IBGE, que registrou um recorde histórico de mulheres ocupadas em 2023: 43,380 milhões. Consideram-se ocupadas as pessoas que exerceram atividade profissional (formal ou informal, remunerada ou não) durante pelo menos uma hora completa na semana de referência da pesquisa.
Para Cristina Franco, presidente do Conselho da ABF e única mulher a presidir a entidade por dois mandatos (2013 a 2016), a crescente participação feminina no franchising é um sinal de progresso e inovação. “Sabemos que empresas mais diversas e inclusivas são mais eficientes e lucrativas, e o franchising oferece um caminho estruturado e acessível para empreendedores de todos os perfis. Isso é benéfico, especialmente para as mulheres que buscam equilibrar responsabilidades familiares, empresariais e profissionais”, destaca.
A Pesquisa de Microfranquias da ABF também reflete o aumento da participação feminina na liderança das redes. O estudo aponta que a participação de mulheres como principais executivas em marcas de microfranquias subiu de 12% para 18% entre maio de 2022 e maio de 2024. Os segmentos com maior presença feminina em liderança incluem Saúde, Beleza e Bem-estar, Alimentação, Moda, Hotelaria e Turismo, e Entretenimento e Lazer.
Dados do Portal do Franchising, um dos mais acessados por quem busca uma franquia, mostram que de janeiro a julho de 2024, as mulheres foram maioria em número de acessos, representando 52,1%, em comparação a 47,9% dos homens.
“Os dados mostram que as mulheres estão avançando em todos os aspectos no setor de franquias, inclusive nos cargos de liderança, imprimindo seu estilo de gestão, superando desafios e preconceitos. Um franchising mais diverso certamente contribuirá para o avanço do setor”, afirma Adriana Auriemo, vice-presidente da ABF.
O estudo da ABF também indica uma queda na proporção de mulheres que trabalham nas franqueadoras e têm algum vínculo familiar com os sócios, de 22% para 7% entre 2015 e 2024. Esse resultado sugere uma maior profissionalização do setor, focando mais em mérito, habilidades e experiência, em vez de relacionamentos familiares.
Ações em Prol da Diversidade de Gênero nas Franqueadoras
O estudo da ABF revela que mais do que dobrou o percentual de franquias que buscam aumentar a diversidade de gênero em suas lideranças, passando de 29% em 2015 para 63% em 2024. Além disso, metade das franqueadoras afirmaram monitorar ações de diversidade de gênero em cargos de liderança, comparado a apenas 7,2% em 2015.
Fabiana Estrela, diretora-executiva da ABF, destaca a importância desse monitoramento: “É crucial que as empresas monitorem a diversidade de gênero não apenas por justiça e igualdade, mas também porque isso leva a um melhor desempenho organizacional, com equipes complementares que inovam e resolvem problemas de forma criativa.”
“As mulheres estão empreendendo cada vez mais e contribuindo para o desenvolvimento das franquias. É fundamental que as redes valorizem a participação feminina, tanto como colaboradoras quanto como franqueadas. Embora os avanços sejam consideráveis, ainda há muito espaço para aumentar a participação das mulheres no setor de franquias”, conclui Adriana Auriemo.
O estudo da ABF contou com 395 entrevistas realizadas entre 9 de abril e 14 de maio, representando 45% do faturamento do setor e 32% das operações.
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