O setor de franquias no Brasil continua em forte crescimento, impulsionado pela busca por modelos de negócios consolidados e que oferecem menor risco aos investidores. Conforme dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), segmentos como alimentação, saúde, beleza e serviços lideram essa expansão.
Neste cenário competitivo, os franqueadores precisam adotar estratégias robustas para garantir tanto a eficiência operacional quanto a sustentabilidade das suas redes.
Neste artigo, apresentamos as cinco fases essenciais para o desenvolvimento de uma franqueadora: criação do modelo, expansão, maximização da rentabilidade, fortalecimento da gestão e atração de investidores.
A primeira etapa fundamental é a padronização dos processos. Manter a identidade da marca e assegurar a eficiência do modelo requer a definição clara de procedimentos operacionais, padronização visual, modelo financeiro transparente e políticas de suporte consistentes para os franqueados. Manuais operacionais completos são indispensáveis para assegurar a reprodução fiel do conceito da franquia, o que facilita a gestão e aumenta a satisfação dos parceiros.
Na sequência, durante a fase de expansão, a captação de novos franqueados torna-se o foco principal. Estratégias como a conversão de negócios independentes para franquias ou a abertura de unidades próprias precisam ser avaliadas cuidadosamente, pois cada uma apresenta desafios e vantagens específicas. Um planejamento estruturado é vital para garantir o crescimento sem comprometer a qualidade da marca.
A terceira etapa consiste em equilibrar o crescimento com a rentabilidade. Esse é um desafio frequente enfrentado pelas redes. A verticalização, que consiste na integração de etapas da cadeia produtiva, pode ser uma solução eficaz para reduzir custos e aumentar as margens de lucro. Além disso, ampliar as fontes de receita — por meio da venda de produtos exclusivos, treinamentos e serviços complementares — contribui para fortalecer o modelo de negócio.
No quarto momento, com a expansão consolidada, a melhoria da gestão se torna indispensável para assegurar que todas as unidades operem com eficiência. Estratégias como a recompra de unidades e a conversão de estabelecimentos independentes em franquias podem ser interessantes para fortalecer a rede. Paralelamente, buscar investimentos externos por meio de instituições financeiras ou parceiros estratégicos é uma alternativa para garantir a continuidade do crescimento.
Finalmente, a última etapa envolve a atração de investidores e potenciais compradores. Franqueadoras bem estruturadas podem despertar o interesse de fundos de investimento e adotar estratégias de fusões e aquisições, recompra de participação ou até abertura de capital (IPO). Essas ações possibilitam transformar o crescimento da rede em valor financeiro, oferecendo retorno aos investidores e fortalecendo a presença da marca no mercado.
O setor de franquias no Brasil está em constante evolução, e as empresas que adotam uma estruturação estratégica das suas operações apresentam maior chance de crescimento sólido e longevidade. Seguir os cinco pilares mencionados contribui para uma expansão sustentável e para uma posição de destaque no mercado nacional.
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