sexta-feira , 3 outubro 2025
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Bruno Guedes Revoluciona o Mercado de Pastéis com a Pastel di Fêra

Bruno Guedes acredita que o salgado é uma forma de fazer “o básico bem-feito”, algo que ele sentia falta nos restaurantes que atendia em sua agência. Em suas pesquisas, Guedes identificou que o mercado de pastéis se resumia à oferta tradicional das feiras e aos produtos gourmetizados, que se afastam da simplicidade do quitute.

“Não existem muitas marcas de pastel porque é justamente um produto commodity: é só abrir uma barraca que vende. Eu pensei em fazer o caminho contrário, colocando uma marca [em primeiro lugar] e o produto em segundo plano. Todo o conceito vai ser o mais importante”, explica Guedes.

Barracas de frutas, caldo de cana, sons ambientes e até pombos cenográficos compõem o ambiente da loja Pastel di Fêra, fundada por Guedes em outubro do ano passado, em Santo André (SP). O negócio tem faturado cerca de R$ 150 mil por mês e inicia agora a expansão com franquias. As primeiras unidades devem ser abertas na vizinha Mauá (SP) e no Recife (PE) ainda em agosto.

Nos últimos quatro anos, Guedes mergulhou no mercado de gastronomia como influencer na região, por meio da página Dicas no ABC, que reúne mais de 500 mil seguidores, e de uma agência de marketing focada no segmento. “Comecei a receber várias propostas para abrir negócios na área, mas nada me chamou tanto a atenção quanto o pastel”, diz.

A aposta de Guedes foi investir em um ambiente de loja que lembrasse uma feira de rua tradicional, com produtos carregados de nostalgia, como sorvete feito na hora a partir de sucos, kombi cenográfica, refrigerante servido em um saco plástico, pombos e cachorros vira-lata caramelo (ambos de mentira) e caixotes com frutas de verdade, para que o cliente possa aproveitar e “fazer a feira”.

Em determinados momentos, algumas frases emblemáticas como “moça bonita não paga, mas também não leva” são entoadas pelas caixas de som e pelos atendentes. “E ainda tem o pastel”, ressalta Guedes. Apesar da atmosfera que exalta o modelo de negócio, ele enfatiza que não se trata de um “ambiente caótico” de uma feira.

Empreendedor Apostou na Gastronomia Durante a Pandemia

Guedes atuou no ramo imobiliário entre 2011 e 2019 e, paralelamente, tinha uma banda que tocava à noite. Atritos com um antigo sócio na carreira artística o fizeram acumular uma dívida milionária. Para tentar mudar de vida, comprou um intercâmbio para a Austrália em 2020. No entanto, não conseguiu embarcar por conta da pandemia de covid-19.

Toda a situação fez com que Guedes voltasse a morar com a mãe, que era cabeleireira, e passasse a ajudá-la a fazer entregas de delivery e serviços de motoboy para ter uma renda no período. Toda a divulgação do “Felivery” (Fernanda, que é o nome da mãe, e o canal de entrega) era feita pelo Instagram, e ele percebeu a força da ferramenta naquele período.

“Comecei a fechar contratos para gerar tráfego para restaurantes, que era o setor que mais precisava se digitalizar naquele momento”, conta Guedes. Dessa forma, surgiu a agência. A página de dicas também nasceu como um adendo para ajudar a divulgar os clientes, mas acabou ganhando uma proporção maior, se tornando um negócio à parte.

Expansão e Futuro do Pastel di Fêra

O Pastel di Fêra foi desenvolvido entre março e setembro do ano passado, demandando um investimento de R$ 250 mil. Em abril deste ano, o projeto foi formatado para franquia. A loja tem a estrutura desenvolvida para delivery, mas ainda não investiu na divulgação do canal. Guedes acredita que isso possa ajudar a dobrar o faturamento. Os eventos também são uma frente importante de geração de receita. “É uma vertical que rende de R$ 4 mil a R$ 5 mil por ocasião”, diz Guedes.

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